Um dos temas mais instigantes desde o início dos tempos, se refere a nossa corrida contra o tempo, como se o tempo fosse algo que pudesse ser alcançado, até paralisado. Mas não é bem assim… o máximo que talvez consigamos é ressignificá-lo… mas como?
Em 2022, eu tive a benção de ganhar meu primeiro neto, O Bernardo. Uma dádiva que transforma qualquer pessoa em um ser humano melhor.
A chegada dele me revitalizou, até fazendo eu acreditar que ganhei mais uns anos de vida, só que não.
Eu refleti que, se o Bernardo viver até os 100 anos, ele terá apenas pouco mais de 5.000 semanas. E o pior, se a média de vida da população brasileira beira aos 80 anos hoje, meu tempo de vida total se resume, no máximo, a 4.000 semanas – das quais 3.200 eu já vivi.
Ou seja, faltam de uma a 800 semanas pra eu curtir ele e a vida. Nossa! É pouquíssimo para tudo o que ainda quero viver.
Então, você começa a pensar em todos aqueles sonhos, desejos e conquistas que você tem pela frente… como se a vida fosse eterna. Mas, na verdade, cada momento que passa, é um momento que não volta mais. Cada semana que passa, não volta mais.
Diante desta experiência , mais o novo normal que vivemos nos últimos dois anos, tudo isso me fez repensar sobre a finitude da vida. Assim, como para muitos, da noite para o dia, perdi amigos e conhecidos, jovens e idosos.
Inevitavelmente, passei a pensar ainda mais sobre a brevidade da vida e até mesmo fui atormentado pelo sentimento de impermanência: hoje você está aqui e amanhã pode não estar mais. Hoje, alguém que você ama pode estar aqui e amanhã pode não mais estar.
Não há nada mais certo do que a nossa impermanência. E aceitar a natureza efêmera da vida, traz motivação para valorizar ainda mais cada momento.
Desde o início do Own Time Home Club Gramado, buscamos entender a essência do tempo que dedicamos a TER ao invés de SER.
Eu mesmo gastei enorme quantidade de semanas e grana para realizar o sonho de TER uma casa de férias inteira em Gramado só pra mim, mas que eu usufruía menos de 8 semanas por ano.
Espero que esta reflexão sobre finitude e tempo, possa inspirar você a se permitir viver este presente mágico que é a vida , cada vez mais centrado em SER, na expectativa de em breve nos encontrarmos numa das nossas semanas no Own Time Home Club e falarmos ainda mais sobre tempo, finitude e tudo o que mais importa.
Afinal, não há tempo que volte amor… Vamos nos permitir.
Domi Müller
Co-Fundador da Owntime, ama a família, os amigos , Gramado, viagens, vinhos e o melhor da vida❤️
@domimuller
